Um policial rodoviário federal de 42 anos, lotado na 4ª Delegacia em Itapecerica da Serra, São Paulo, e um autônomo, com 46 anos, foram presos com dinheiro e mais de 300 quilos de drogas nesta terça-feira (16), na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Assis. Pouco antes de 18h, a Polícia Militar Rodoviária (PMR) em patrulhamento na rodovia, se deparou com um caminhão guincho carregando uma caminhonete, na qual estavam os dois indivíduos. Segundo a PMR, ao notar a presença da viatura, a dupla tentou se esconder, o que teria motivado a abordagem.
Os militares apuraram que a caminhonete quebrou no distrito de Alexandria e a dupla solicitou o guincho até uma oficina. Um dos ocupantes da caminhonete se identificou como policial rodoviário federal e exibiu a identidade funcional. Durante a fiscalização, os policiais notaram um compartimento estranho no assoalho do veículo.
Ao levantarem o banco traseiro, os militares encontraram os tijolos de drogas. A dupla teria alegado que ganhariam R$ 30 mil pelo transporte dos entorpecentes até São Paulo e que tinham pegado a caminhonete carregada em Toledo, no Paraná. Foram apreendidos 198 tijolos de cocaína, que pesaram cerca de 207 quilos e 128 tijolos de crack, pesando 131 quilos. Com eles ainda foram apreendidos R$ 1.528 e quatro celulares. A dupla foi encaminhada até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Assis.
Durante interrogatórios, ambos permaneceram em silêncio e se reservaram ao direito de se manifestarem somente em juízo. O chefe da delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Marília esteve na delegacia. Caso a prisão preventiva seja decretada, o policial rodoviário federal deve ser levado sob escolta até a Superintendência da Polícia Federal na Lapa, unidade que possui carceragem, ou ao presídio de Tremembé.
Envolvido em corrupção
O policial preso, Leandro Siqueira Lopes, está enquadrado em processo administrativo por prática dos crimes de corrupção ativa e passiva junto com dois outros policiais, caso já na Procuradoria da República. No caso em apuração, eles receberiam entre R$ 5 e 15 mil de empresas como pedreiras, concreteiras, de ônibus entre outras para não se importarem com excessos de peso ou outras infrações.000,00 de cada empresa que trafegam no trecho onde fiscalizam.