Duas casas de praia da família do recém-eleito presidente nacional do União Brasil (UB), Antônio Rueda, foram atingidas por um incêndio em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. Segundo a assessoria do partido, “a família não descarta a possibilidade de um atentado motivado por questões político-partidárias”.
O incêndio aconteceu na noite da segunda-feira (11), dentro do Condomínio Toquinho, em Serrambi. Uma das residências pertence ao próprio Rueda, que foi eleito presidente do partido em 29 de fevereiro, e a outra casa é da irmã dele, Maria Emília de Rueda, tesoureira do União Brasil. Não havia ninguém nas casas no momento do incêndio, e não houve feridos. As chamas atingiram as salas dos dois imóveis.
O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta das 19h30, mas, ao chegar no local, as chamas tinham sido controladas por funcionários do condomínio e por funcionários de uma obra. Ainda de acordo com o União Brasil, a família Rueda pediu à Polícia Civil de Pernambuco “uma rigorosa investigação” do caso.
Nesta terça-feira (12), ao sair do Palácio do Planalto, em Brasília, o deputado Luciano Bivar, que disputou e perdeu a eleição para a presidência do União Brasil, trocou acusações com Antônio Rueda. Ele também negou relação com o fogo nas casas do rival político.
“Tudo é ilação. Tudo é ilação, é mais um factoide, tá certo? […] São ilações. Por exemplo, a mulher do presidente [Rueda] foi no meu apartamento e roubou meu cofre. Essas coisas também. Foi ao meu apartamento, eu cedi confiantemente um segredo e ela roubou todo o dinheiro. Eu tinha um valor significativo”, afirmou Bivar, antes de seguir para uma outra entrevista sobre o mesmo tema.
Antes mesmo do incêndio e do agravamento da crise entre os dirigentes, Antônio Rueda já tinha acionado o Judiciário para pedir que Luciano Bivar fosse investigado pelo crime de ameaça. Rueda registrou o caso na Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do DF – e, como Bivar tem foro privilegiado por ser deputado, o tema será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
O caso chegou ao STF no último dia 5 e o relator, ministro Nunes Marques, ainda não decidiu se autoriza a investigação. Na representação, Rueda acusa Bivar de ameaçar de morte ele e um familiar. Um vídeo, juntado ao processo e mantido em sigilo, teria registrado a voz de Luciano Bivar fazendo as ameaças.