Vítima de grave doença, morre Alberto Fujimori ex-presidente do Peru

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O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori morreu aos 86 anos, nesta quarta-feira (11), conforme informação da filha. “Depois de uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos aos que gostavam dele nos acompanhem em uma oração pelo eterno descanso de sua alma. Obrigada por tanto pai. Keiko, Hiro, Sachie e Kenji Fujimori”, escreveu a filha do ex-presidente.

Fujimori, que foi condenado a 25 anos por crimes de direitos humanos e corrupção, enfrentava problemas cardíacos. Ele foi hospitalizado após sofrer uma queda grave na pressão arterial e pressão arterial anormal que colocou sua vida em risco, de acordo com um médico. Em maio deste ano, o peruano revelou ter sido diagnosticado com um tumor maligno na língua, onde tem uma lesão cancerígena há mais de 27 anos.

Condenação e perdão

O ex-presidente peruano foi condenado em 2009 por ordenar o massacre de 25 pessoas em 1991 e 1992, quando seu governo lutava contra o Sendero Luminoso. Em 24 de dezembro de 2017, o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski o perdoou por motivos de saúde, mas o perdão foi anulado pela Suprema Corte peruana em outubro de 2018. A decisão de perdoá-lo surpreendeu muitos no Peru, levando a renúncias do Gabinete.

Na época, o gabinete de Kuczynski disse em uma declaração que uma revisão médica mostrou que Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000, sofria de “uma doença progressiva, degenerativa e incurável”. O perdão veio poucos dias depois que um grupo de apoiadores de Fujimori no Congresso, controlado pela oposição, salvou Kuczynski de uma moção que o teria forçado a deixar o cargo após um escândalo de corrupção.

Fujimori era uma figura polêmica no Peru. Enquanto muitos o consideravam um ditador corrupto, outros o creditam por acabar com uma crise econômica e uma insurgência esquerdista durante seu mandato. Em 23 de janeiro de 2019, a polícia levou Fujimori de volta à prisão para cumprir os 13 anos restantes de sua sentença de 25 anos por crimes de direitos humanos e corrupção. Ele foi libertado da prisão no final de 2023 após um controverso perdão humanitário.

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