Amplavisão. Sem mandato, os políticos desaparecem

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‘ACIDENTE’: Demonstrou habilidade o presidente do STF, Luiz Roberto Barroso, ao denominar como acidente o episódio recente no Tribunal de Justiça. Quando se esperava dele uma manifestação talvez mais afirmativa, ele optou pela suavização da abordagem e mantendo o foco no evento que se realizava. Isso é que se pode chamar de ‘jogo de cintura’.

EMOÇÃO: Eles não se viam há tempo. Nesta semana assisti ao encontro caloroso do deputado Zeca do PT e seu ex-secretário José Felício no saguão da Assembleia. O quadro ganhou emotividade pelo fato de Felício, acometido de Parknson usar um ‘andador’. A pedido de Zeca (governador) Felício foi o autor da Lei do Fundersul.

DETALHES: Após ter sido o Secretário de Fazenda do Governo Pedrossian, Felício foi escolhido para a Secretaria da Produção do Governo Zeca do PT em sua 2ª. gestão. Na época, a escolha até gerou críticas. Mas o tempo mostrou que Zeca acertara. Aliás, ele lembrou: Felício foi o responsável pela nova política agrícola e praticada até hoje.

MEMÓRIA; Fizeram parte da 2ª. Administração petista iniciada em 2003: Paulo Duarte, Ronaldo Franco, Egon Krakhecke, Maurício Arruda, José Felício, Márcio Portocarreiro, Valteci Ribeiro, Eloísa Castro Berro, Silvio Nucci, João Paulo Esteves, Hélio de Lima, Dagoberto Nogueira e José Wanderley Bezerra Alves. Deles, apenas Paulo Duarte e Dagoberto estão ativos na política.

ESTÍLO: Alguns deputados são extrovertidos no plenário e saguão da Assembleia, sorriem e se comunicam com facilidade. Outros são mais reservados. É o caso do deputado Jamilson Naime (PSDB), também discreto no desempenho do mandato, usando pouco a tribuna e mantendo calculada distância dos jornalistas.

PREVISÃO: Vários políticos usarão a janela partidária para se eleger mais fácil. Hoje, o cenário mostra concorrência interna no PSDB e no grupo que marchará com Riedel. Os atuais prefeitos Ângelo Guerreiro (Três Lagoas) e João C. Krug são exemplos. Como ocorreu nas últimas eleições, as vezes não basta ao candidato ser bem votado.

‘ENTRE ASPAS’: Atualmente apenas os detentores de mandatos executivos e os senadores podem mudar de partido sem precisar esperar a janela partidária que irá vigorar nos 6 meses anteriores as eleições de 2026. Portanto, não será novidade que prefeitos eleitos – logo após a posse – vistam outra camisa partidária. É o jogo.

MARIO SABINO: “Faz de conta que Fernando Haddad não é Lula. Faz de conta que Lula e Fernando Haddad estão preocupados com a responsabilidade fiscal e que um governo petista vai cortar a gastança…Faz de conta que Fernando Haddad e Gleise Hoffmann não são as duas faces da mesma moeda…”

TUDO CERTO: A diferença entre eles se restringiria a estatura física. Os vereadores Carlão (PSB) e Papi (PSDB) tem mais identificação do que diferenças e estão preparados para a primeira-secretaria e presidência da Câmara da capital. Acordo ‘abençoado’ pelo ex-governador Reinaldo (sempre ele!) e a senadora Tereza Cristina. A parceria continua.

IGUAIS? Bolsonaro não é o único. Joe Biden também usa a política em prol dos filhos. Soou mal, sujou a sua biografia, o indulto que Biden concedeu ao filho Hunter (do seu primeiro casamento), réu por vários delitos. Defensor da ética, a sua declaração de que o filho seria vítima de intensa perseguição mostra que o cinismo não tem fronteiras.

ONDE CHEGAMOS! “O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo (…) é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”. Declaração do senador Jorge Seilf – do PL por Santa Catarina, sobre o recente episódio policial.

DESAFIO: No papo com os deputados Jr. Mochi (PMDB) e Lucas de Lima (sem partido) ficou claro a preocupação de ambos sobre os desafios na saúde. Vários fatores passam despercebidos pela população. A realidade nos hospitais e postos de saúde mostra o país doente, com o SUS sobrecarregado e os profissionais descontentes. Até quando?

GRATO MESMO! Foi muito bom participar do programa ‘Nossa Música é Assim’ comandado pelo colega Zé Dú na Rádio Educativa. Com sua habilidade de excelente entrevistador pude discorrer sobre minha relação com o jornalismo e fazendo também abordagem de vários outros assuntos. Foi uma experiência gratificante. Grande Zé Du.

EM ALTA: Num ponto os políticos concordam: apesar de ter perdido, Rose Modesto (União Brasil) saiu maior do que quando entrou. Pela sua postura e votação (210.112 votos), ela tem trânsito em todas vertentes partidárias. Aceitará convite para participar do Governo Riedel ? Voltar à Sudeco seria difícil pela posição do União Brasil que trabalha pelo nome de Caiado em 2026. .

SINAL VERDE: Nos corredores da Assembleia fala-se que Rose é vista como um bom nome para candidata a vice-governador de Riedel em 2026. Além dos predicados dela, vale lembrar que o vice-governador José C. Barbosa concorrerá a Câmara Federal em 2026. Pela leitura do quadro político conclui-se que Rose tem futuro assegurado.

‘FLUTUA BEM’: Essa foi a melhor expressão que ouvi sobre a conduta política do vice-governador José C. Barbosinha. Ele não tem dificuldades em enfrentar desafios e continua em alta junto ao círculo do poder. Essa vitória de Marçal Filho em Dourados, por exemplo, alargou o espaço de Barbosinha na região. Sorte também conta!

A LIÇÃO: “A extrema direita brasileira fez uma disputa cultural e ideológica de valores na base da sociedade e deixou a esquerda na defensiva”. A declaração do derrotado Guilherme Boulos (PSOL) soa como reconhecimento e advertência ao Planalto. Qual a saída para 2026? Lula de novo? Haddad? Alckmin?

BIA CAVASSA: Papo com a vice-prefeita eleita de Corumbá. Ela reconhece os desafios: a pobreza da cidade e sua dependência do assistencialismo. Foi enfática: a cidade abandonada e povo perdendo a autoestima! Apaixonada pela terra natal ela acredita: “ enquanto o rio Paraguai não secar, restará a esperança”.

AGRADA! Após eleger sua mulher prefeita de Bataguassu, costurar candidaturas e alianças vitoriosas naquela região, o deputado Pedro Caravina vive um bom momento. Nas sessões da Assembleia é ativo, apresentando projetos, fazendo manifestações ‘diversas com abordagens inteligentes. Ocupa seu espaço com habilidade. Vai longe.

‘TAMO JUNTO’: Antes, a diretoria da Suzano se postou como apolítica e as suas atividades começaram sem placa, discursos e cerimonia em Ribas do Rio Pardo. Muita discrição. Mas surpreendentemente, a empresa bancou um palanque com a presença de

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