Moradores incendeiam carro de pastor que estuprou e matou adolescente

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Após a confissão de um pastor de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sobre o assassinato de uma adolescente de 13 anos e a suspeita de estupro, moradores do bairro Metropolitano reagiram incendiando o carro e a casa do indivíduo na noite desta terça-feira (11). O pastor, identificado como João das Graças Pachola, confessou o assassinato em depoimento à polícia e foi indiciado pelos crimes contra a jovem, que estava desaparecida desde domingo (9). A Polícia Militar de Minas Gerais foi acionada às 20h5 para atendimento de uma ocorrência de incêndio, na Rua Américo Vespúcio.

Segundo registros, os policiais encontraram em chamas o carro do pastor, um Chevrolet Crossfox, e parte da fachada da residência dele. Conforme policiais militares, o veículo estava atravessado na rua, impossibilitando o trânsito no local. Com o fogo, ele foi destruído a lataria restante foi recolhida por um guincho. Para a polícia, os incêndios foram causados por comoção popular.

Entenda o caso

Os incêndios aconteceram depois de investigações sobre o caso serem divulgadas pela Polícia Civil (PCMG). Segundo o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o pastor João das Graças Pachola foi o responsável pelo assassinato da adolescente de 13 anos. Segundo a Polícia Civil, quando o pastor assumiu a autoria do crime, indicou aos policiais o local onde estava o corpo – encontrado na tarde de terça-feira (11), em uma região de mata, na divisa entre as cidades de Esmeraldas e Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte.

João das Graças Pachola atuava como pastor no Bairro Metropolitano, em Ribeirão das Neves, e foi preso em Contagem após investigação do DHPP. A adolescente estava desaparecida desde a tarde de domingo (9), quando saiu para ir à casa de uma amiga, e já frequentou a igreja do pastor, juntamente com a família dela. A mãe da adolescente relatou aos policiais que mudou a família de igreja depois de perceber atitudes suspeitas do pastor em relação à adolescente. Uma amiga dela disse que o pastor “não tirava o olho” das meninas.

À TV Alterosa, Kelen Suelen dos Santos, uma moradora da região há 26 anos, afirmou que o bairro está em estado de alerta e quer justiça. “A gente está em estado de choque. Ele é pastor e fazia escolinha de criança. O meu filho tem quatro anos de idade, ele carregou meu filho por um ano. A escola saía às 17h10, ele entregava meu filho às 18h40. Vai saber o que ele já aprontou, se ele molestou as crianças dentro da escolinha. A gente está muito assustado e quer justiça”, afirma Kelen.

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