No fim de março, um homem matou seu enteado de 1 ano e 8 meses. Daryell Dickson Menezes Xavier, professor de jiu-jitsu, teria espancado e estuprado o menino em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. A criança teve traumatismo craniâno, fissuras no ânus e morreu no último dia 29.
No dia 1º de abril, Xavier, acompanhado de advogados, se apresentou a polícia, foi ouvido e, devido a decreto judicial, está cumprindo prisão temporária de 30 dias. Até que seus colegas de carcegaram descobriram o motivo da prisão do professor e resolveram “se vingar”.
Quando chegou a carceragem, o professor alertou que sabia lutar jiu-jitsu e, caso alguém fizesse graça, poderia se dar muito mal. Aproximadamente 20 homens não se amedrontaram com a ameça e foram pra cima de Xavier.
Xavier foi violentado, encaminhado ao hospital para receber pontos na traseira, e, ao retornar à cela, foi novamente estuprado pelos colegas.
Ao ser preso, Daryell disse a ex-esposa que estava possuído pelo demônio quando abusou da criança. Apesar de ter relatado a possessão à mulher, só seria considerado se ele declarasse por escrito em depoimento.
No momento da prisão do acusado, a mãe da vítima também estava na delegacia. Ela precisou ser contida pelos familiares. O homem ficou detido por alguns minutos e em seguida foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) para passar por exame de corpo de delito.
A mãe da criança desabafou nas redes sociais: “Agora nesse momento eu abro minha boca a todos! Não amenizei minha dor, mas comecei a fazer justiça à minha própria paz, ao meu próprio coração. Cara a cara com o assassino do meu neném! Eu o repudio!”, escreveu. “Eu entreguei minha vida e a do meu filho pra esse homem cuidar, eu acreditei no amor e na bondade dele, eu o apoiei, eu o amei, e aceitei seus defeitos sem saber que ele era algo muito pior, minha família inteira se encantou por ele, fomos acolhidos e acolhemos ele e seu filho”, relata a mulher.
O acusado dava aula de jiu-jitsu para crianças em uma academia, que, segundo a vó do garoto, pertence a mãe de Xavier.
O professor ficou foragido até dia 30, quando teve a prisão temporária decretada e decidiu se entregar.
Exames no IML comprovaram que o traumatismo na criança foi provocado por uma “ação contundente”. Porém, ainda não foi confirmado que as fissuras no anus da criança foram cometidas pelo acusado. “Não sabemos ainda se isso foi um abuso sexual. Não temos elementos ainda para dizer se essa fissura foi provocada por uma causa interna ou externa, mas a prisão temporária dele já foi decretada pelo homicídio”, declarou a delegada encarregada pelo caso. Ela também acredita na possibilidade de que Xavier tenha usado um travesseiro para amortecer possíveis socos que ele deu na cabeça do enteado.