As inovações tecnológicas, em implantação no Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), foram um dos temas profundamente debatidos durante a quinta edição do Projeto “Escutas Regionais”, realizada em Dourados, nesta quinta-feira (7) e sexta-feira (8).
Iniciativa inovadora do MPMS, o projeto aproxima a Administração Superior dos membros lotados no interior, por meio da discussão de boas práticas voltadas ao aprimoramento dos serviços em defesa do cidadão. Coordenadores de núcleos, centros de apoio e grupos especializados, além de Procuradores de Justiça, vão ao encontro dos membros do interior para buscar, juntos, as formas de aprimorar o serviço prestado.
Nesta edição, foram convocados Promotores de Justiça de 10 municípios da região centro-sul do estado: Angélica, Deodápolis, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Ivinhema, Maracaju, Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante.
Usar como aliados os infindáveis recursos oferecidos pela indústria de dados tem sido um caminho perseguido e incentivado pela PGJ (Procuradoria Geral de Justiça), conforme assinalou o Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, em Dourados.
É uma necessidade premente e constante, concordaram os presentes, frente à modernização das formas de atuação dos criminosos, especialmente de organizações voltadas à atividade ilegal estruturada.
Aos participantes, foram detalhadas ferramentas para agilizar e ampliar o alcance do trabalho ministerial. Aplicativos desenvolvidos pelo time de tecnologia do MPMS, para uso no dia a dia de servidores e membros, foram apresentados.
“Foi uma grande alegria saber que o Ministério Público do Mato Grosso do Sul está acompanhando a evolução tecnológica, principalmente nessas questões virtuais de aplicativos, de internet, de investigações de crimes virtuais e tecnológicos”, declarou o Promotor de Justiça Rogério Cintra, lotado em Fátima do Sul.
“O crime organizado, ele se adequa muito rápido às mudanças tecnológicas e sociais, e o Ministério Público, por óbvio, não pode ficar para trás. Então, foram trazidos aqui diversos aplicativos, diversos programas que vão nos ajudar de maneira muito grande, muito enfática, no nosso trabalho no dia a dia”, pontuou.
Disseminada em todo o mundo, a inteligência artificial também esteve na pauta, uma vez que o uso, de maneira criteriosa, é avaliado como um aliado na condução de processos que podem chegar a milhares de páginas.
CONEXÃO ENTRE PROCURADORES DE JUSTIÇA E PROMOTORES DE JUSTIÇA
Procuradores de Justiça, que atuam em Campo Grande, manejando os processos nas cortes superiores, tiveram a oportunidade de esclarecer seu papel e se colocar à disposição para que, cada vez mais, a atuação seja coesa em nome do bom atendimento à sociedade.
“O Ministério Público atua na primeira instância, na segunda instância, com possibilidade de recursos ao terceiro grau e ao quarto grau. Como os promotores de justiça atuam na primeira instância com os Juízes de Direito e os seus recursos vão para a segunda instância, para o Tribunal de Justiça, onde atuam os colegas procuradores de justiça, a interlocução entre os membros de primeiro e segundo grau é bastante importante para melhorar os resultados obtidos”, elogiou o Promotor de Justiça João Linhares, de Dourados.
Sobre a inovação do Projeto Escutas Regionais, o Promotor de Justiça Juliano Albuquerque opinou que o reflexo tem sido excelente. “É muito importante a presença, o deslocamento, conhecer a realidade local, a realidade regional, e principalmente fazer essa interação entre os membros, fazendo essa troca de experiências a fim de valorizar cada vez mais o Ministério Público”.
Antes de Dourados, receberam o projeto os municípios de Bonito, São Gabriel do Oeste, Três Lagoas e Naviraí.