O projeto teria um ponto de entroncamento ferroviário em Tacuru, unindo regiões do Paraguai e Brasil com destino ao Chile, ligando dois oceanos e barateando o custo do transporte e gerando desenvolvimento para os quatro países, em ferrovias brasileiras, argentinas e chilenas, transpassando pelo território Paraguaio, assim denominada Ferrovia de Integração Ferro-Guarani, em homenagem a um dos maiores aquíferos do mundo. O projeto ligaria ainda a Ferroeste, já existente até em Cascavel e daí ao Porto de Paranaguá.
No projeto, a criação dessa linha passando por Ponta Porã contemplaria toda a região, e incluiria ainda a cidade de Dourados, com entreposto de cargas no distrito de Nova Itamarati, em Ponta Porã, e Itahum, em Dourados.
Os técnicos representando o Ministério da Integração Nacional explicam que o corredor bioceânico vai reduzir em 17 dias o trajeto de viagem das commodities de Mato Grosso do Sul até o mercado asiático, embarcando nos portos do Chile, ao invés de usar os portos de Paranaguá (PR) ou de Santos (SP). Com o corredor bioceânico garantido – o Paraguai está pavimentando o trecho de 600 quilômetros da rota que corta seu território – os países, agora, concentram negociações para concretizar também o modal ferroviário.
Implantado, a integração ferroviária passando por Ponta Porã seria o terceiro maior conglomerado da América do Sul, ligando Brasil, Chile, Argentina e Paraguai. Essa ligação também teria um braço chegando até o interior do vizinho Estado de Mato Grosso, com ramal em Rondonópolis. O projeto será apresentado nos próximos dias 12 e 13, em Brasília.
Participaram da reunião além do prefeito Hélio Peluffo, o vice-prefeito Caio Augusto, vereador presidente da Câmara Municipal, Roni Lino, secretários municipais Ricardo Soares (Procuradoria Jurídica), Dulce Manosso (Administração), vereadores Annie Espíndola e Vanderlei Avelino.