Sanesul executa quatro projetos de setorização em municípios de MS

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Com a setorização, o foco é tornar os sistemas de abastecimento de água mais eficientes nas cidades de MS.(Foto: Divulgação)

Figueirão, Anastácio, Porto Murtinho e Corumbá estão passando pela setorização da rede de abastecimento de água. A Sanesul tem investido em projetos como este, fundamentais para o uso racional dos recursos naturais e melhorar a qualidade do serviço de abastecimento.

A setorização divide a rede em distritos, com o objetivo de facilitar a manutenção e diminuir os impactos causados durante a execução dos serviços, como por exemplo, a interrupção do fornecimento, além de reduzir as perdas de água, porque é possível controlar melhor a pressão da água na tubulação.

São várias as necessidades que podem ser atendidas em relação a um projeto de setorização. Via de regra, o foco é tornar os sistemas de abastecimento de água mais eficientes. E, essa eficiência pode ser do ponto de vista:

– Energético: dividindo o abastecimento em áreas que aproveitem melhor a infraestrutura já existente, reduzindo a necessidade de bombeamento e custo de energia;

– Redução de perdas de água com:

**Divisão em DMCs (Distritos de Medição e Controle), de forma que se controla toda a água que entra e é consumida, monitorando o volume perdido em áreas menores, inclusive possibilitando a identificação mais rápida de vazamentos. Torna possível saber em que parte da cidade está as maiores perdas e priorizá-las, tomando ações corretivas.

Divisão em Distritos de Manutenção – ao contrário dos DMCs, não se mede a entrada. A finalidade é reduzir a área de intervenção em momentos de manutenção na rede. São menores que os DMCs. Quando é preciso fazer manutenção, apenas essa pequena parte é fechada e o impacto da paralisação é mínimo. Quando o serviço é concluído, rapidamente a distribuição é restabelecida. Ajuda também a diminuir perdas de água com descargas menores de rede para secar a tubulação para iniciar os serviços.

** ou Instalação de VRPs (Válvulas redutoras de pressão) – Se separa áreas da rede de distribuição onde a pressão é elevada e faz com que toda a água passe por uma válvula redutora de pressão antes de atender essa região. As pressões menores reduzem a ocorrência de rompimentos de rede e também os volumes perdidos em vazamentos, já que a quantidade de água que passa por um vazamento é proporcional a pressão na rede.

Divide-se o sistema de abastecimento por zonas de pressão, atendendo as partes mais baixas da cidade pelo reservatório apoiado e as partes mais altas pelo reservatório elevado. Assim como as VRPs, isso faz com que a pressão média dos sistemas diminua, e reduz a ocorrência de rompimentos, perdas de água por vazamentos e custos com energia, já que nem toda a água precisa ser bombeada para os reservatórios elevados.

São sistemas de bombeamento intermediários na rede de distribuição. É possível separar áreas mais altas onde nem sempre a pressão é suficiente e instalar boosters que elevam a pressão somente naquela área, sem tornar necessário subir a pressão no restante do sistema. São soluções muito utilizadas em regiões com relevo mais acidentado, com morros, etc.

Para o gerente de sistema de abastecimento de água da Sanesul, Elthon Teixeira, a solução é escolhida dependendo de pré-avaliação do sistema da cidade. “Muitas vezes é possível integrar diversas dessas soluções em um único projeto. A Sanesul monitora constantemente os índices de perdas, custos com energia, qualidade no atendimento de pressões mínimas, paralisações e interrupções de manutenção e estabelece com base nesses dados quais são as cidades que precisam de projetos de melhoria com setorização. Muitas vezes começamos de um projeto macro, com ajuste de zonas de pressão, e após nova análise podemos propor setorização da cidade em DMCs. Mais adiante, é possível fazer distritos de manutenção dentro destes DMCs e assim por diante. Em outros casos podemos implantar tudo em um único projeto” explicou o gerente.

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