PROCURA-SE: Antes fértil e abundante o terreno político virou desértico. Não há novas lideranças que possam integrar a constelação com vistas ao pleito de 2.026. A exceção fica por conta de pretendentes a Assembleia Legislativa cuja taxa de renovação ainda é imprecisa por conta de vários fatores de ordem política.
SENADO: Em função do resultado das eleições de Campo Grande, a tendência natural é que o deputado Vander Loubet (PT) recue dos planos de disputar uma das duas vagas. Apenas um fato excepcional poderia fazê-lo de desistir de disputar o sétimo mandato consecutivo na Câmara Federal, onde tem visibilidade e bom trânsito.
PESQUISA: Quais líderes e personagens teriam chances na disputa ao Senado? Após uma análise comparativa encontrei penas esses: Reinaldo Azambuja, senador Nelsinho Trad, ministra Simone Tebet, senadora Soraya Thronicke, deputado Zeca do PT, deputado Vander Loubet, André Puccinelli (ex-governador) e Marcelo Miglioli.
A NOVIDADE Na disputa ao Senado, com as bênçãos da senadora Tereza Cristina, pode ser o engenheiro Marcelo Miglioli, atual secretário de Infra Estrutura de Campo Grande. Ele participou do Governo Azambuja e em 2018 estreou nas urnas tentando o Senado numa disputa complicada de 13 candidatos. Teve desempenho razoável.
CÂMARA FEDERAL: Hoje a novidade mais consistente é da deputada Mara Caseiro. Não por acaso percorreu a maioria das regiões nestas eleições municipais, apadrinhando muitos candidatos a prefeito vitoriosos e uma soma considerável de vereadores eleitos. Ao seu estilo bem articulada Mara ocupa espaços e vai longe.
CONFIRA: Vander Loubet, Mara Caseiro, Geraldo Resende, Rodolfo Nogueira, Marcos Polon, Dagoberto Nogueira, Luiz Ovando, Beto Pereira, Camila Jara, Jaime Verruch, Luiz H. Mandetta, Fabio Trad, Rose Modesto, Ademar Silva Junior, Marcelo Miglioli, José C. Barboza e Lídio Lopes são nomes citados para a Câmara Federal.
GOVERNADOR Os eventuais concorrentes tem outros projetos políticos. Casos da senadora Tereza Cristina e dos ex-governadores Reinaldo e Zeca do PT. Portanto, hoje o governador Eduardo Riedel surfa praticamente sozinho independentemente da sua mudança de partido que deve ocorrer. Como se diz: nunca foi tão fácil.
PARCEIRO: Com o projeto de José C. Barboza disputar a Câmara Federal o cargo de vice governador passa ser peça estratégica nas negociações políticas. No saguão da Assembleia Legislativa falou-se que o deputado Vander Loubet sonharia com essa vaga. Convenhamos, hipótese complicada, pois contraria o pessoal do centro e da direita.
LÍDIO LOPES: Os observadores são unânimes na conclusão de que ele saiu fortalecido com a reeleição da esposa Adriane na prefeitura da capital. Ao seu estilo discreto teve papel importante nas articulações que precederam o pleito. Hoje já se questiona se ele concorreria à Câmara Federal. Sobre o assunto ele evita falar.
DELÍRIOS: Futuros vereadores interioranos devem reprisar episódios conhecidos. A previsão é de projetos ‘mirabolantes’, presença nos congressos municipalistas e a busca pelas ‘diárias’. Aliás, nesta semana na Assembleia um grupo deles dividido sobre o local do almoço: Vermelho Grill, Bezerro de Ouro ou Coco Bambu? Nada muda.
ABRAÇO DOS AFOGADOS: “As urnas foram cruéis com Lula e Bolsonaro. Naufragou a intenção dos 2 de fazer das eleições municipais o tira-teima da disputa presidencial. No campo de Lula a esquerda mergulhou em profunda crise de identidade…(-)… Bolsonaro perdeu o status de voz única da direita amargando derrotas importantes ao confrontar com outras lideranças de uma direita que deixou de ser monocromática…”. (Hubert Alquéres)
DESILUSÃO: “Sem apontar rumo para o futuro e sem discurso para o eleitor atual, a esquerda se esgota, fica eleitoreira, sem se ajustar ao que pensa e deseja o eleitor. Deixa de ser farol e vira retrovisor, papel que deve caber com naturalidade à direita, cujo papel é conservar, não progredir. ” (Cristovam Buarque – ex-ministro do PT)
NAUFRÁGIO: Assim é vista a participação do PT nestas eleições. Embora tenha 3 deputados estaduais e uma federal elegeu apenas 37 vereadores e não elegeu nenhum candidato a prefeito e vice. Como sempre, o partido promoverá a costumeira reunião enfadonha de lavagem de roupa. Mas todos os companheiros se salvarão, nos cargos.
SIMONE TEBET-1: A reinserção da ministra no cenário político estadual rendeu pauta no saguão do parlamento estadual. Alguém lembrou que o reinício das obras da UFN3 em Três Lagoa seria tardio: a inauguração só em 2028 e as eleições em 2026, com os espaços políticos já ocupados e seu partido decadente em nosso estado.
SIMONE-2: Contra essa tese há um plano de poder. O MDB é velho parceiro do PT. Tem 3 governadores, 10 senadores, 42 deputados federais e agora elegeu 853 prefeitos, inclusive de São Paulo. Assim, seria fácil ter Simone como candidata a vice de Lula. Os emedebistas sabem: política no poder é melhor do que viver no sereno da oposição.
MULHERES: Venceram em 12 cidades. PSDB: Água Clara (Gerolina), Bataguassu (Wanderleia), Brasilândia (Marcia), Jatei ( Cileide), Mundo Novo (Rosária) – MDB: Aral Moreira (Elaine), Bodoquena ( Girleide), Sonora (Clarice) – PP: Campo Grande (Adriane), Coronel Sapucaia (Niagara), Eldorado (Fabiana) – PL: Caarapó (Lourdes), PSD: Douradina (Nair).
ECOS DA ASSEMBLEIA: Gerson Claro: 27 municípios beneficiados com suas emendas superiores a R$2,3 milhões; unanimidade para continuar na presidência da Casa; Antonio Vaz (REP): comemora a eleição de 51 vereadores em 33 municípios e 4 vice prefeitos. É o campeão em propostas da Alems; Lucas de Lima: presidente da Comissão de Saúde tem agenda de visita aos hospitais da capital; requer a presença de médicos pediatras nas UPAs de Campo Grande; Rinaldo Modesto: Cobra medidas para melhorias na educação e saúde, além de combater a violência urbana. Equilibrado.
ECOS-2: Roberto Hashioka: homenageou empreendedores de MS em sessão solene na Alems; teve sua sugestão aprovada na CCJ do Senado para inclusão na Carta Magna do termo ”Pantanal Sul-Matogrossense”; Marcio Fernandes: Aprovado seu projeto dispensando nota fiscal para trânsito de equídeos; outorgou título de cidadania à prefeita Adriane Lopes e a prefeita Rosária Andrade ( Mundo Novo); Pedro Caravina: ativo nas sessões e na CCRJ, destinou R$100 mil ao Hospital São Julião; destaque na defesa da reivindicação dos papilocopistas. Gigante.
ECOS-3: Lia Nogueira: cumpre mandato exemplar com ações em Dourados e cidades vizinhas. Saúde, educação e segurança na sua mira; Zé Teixeira: tem olhos e ações para os problemas do campo. Sua experiência transmite tranquilidade e impõe respeito
aos seus pares. Mara Caseiro: Parlamentar ativa na defesa da mulher e dos desafios da educação. Com bom trânsito no Governo atende os municípios de todas regiões; Junior Mochi: sua marca é o equilíbrio em todas as pautas, conhecedor da legislação da Casa, sempre em busca de soluções adequadas. Não por acaso já foi presidente da Alems.
ECOS-4: Paulo Duarte: ‘Paladino do Pantanal’ é referência em vigor parlamentar. Suas proposituras revelam sensibilidade em busca de soluções para os diferentes desafios. Nota 10. Lídio Lopes: Sua atuação extrapola o Cone Sul e já ganhou contorno estadual. Estudioso, bem sucedido na Unale, tem bom transito no Governo. Pedro Pedrossian Neto: Honra o legado familiar com postura qualificada. Tem abordado questões complexas e por onde passa agrada a classe política e a opinião pública; Neno Razuk: comedido na fala e generoso no atendimento à população mais carente. Suas propostas visam exatamente isso. A população indígena é testemunha.
Ponto final:
Zé Dirceu é ficha limpa. Rss.