O ministro antidrogas, Jalil Rachid, anunciou nesta sexta-feira (14), que todos os agentes da Regional Saltos del Guairá, em Canindeyú, serão transferidos após ser constatado o desaparecimento de 700 quilos de uma carga de 14 mil quilos de maconha que pertencia a a Santiago Macho Acosta, o “ Macho”. Eles também serão investigados internamente pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
O Jalil Rachid destaca que há uma investigação interna contra todos os agentes da base regional de Saltos del Guairá, em Canindeyú, e que todos serão transferidos após o desaparecimento de 700 quilos do carregamento de maconha que somava 14 toneladas. O Ministério Público realizou nesta sexta-feira uma inspeção à base para investigar o desaparecimento, ao abrir uma investigação criminal. Eles perceberam a escassez na hora de incinerar a carga na hora de pesá-la novamente. Rachid explicou que os policiais não foram transferidos antes porque não queria atrapalhar a operação. Segundo a versão deles, eles apreenderam DVRs de circuito fechado, telefones celulares e “alguma documentação”.
Para o ministro, há três hipóteses. Uma sobre alguém ter retirado a carga sem que os agentes percebessem; outra, que os responsáveis eram os próprios agentes da Senad, e a última, que eram integrantes das Forças Especiais (militares) que também colaboram com a pasta antidrogas. Da mesma forma, o ex-procurador também argumentou que aquele tamanho de carga deveria ser incinerado mais rapidamente.
Nesse sentido, considerou que é uma discussão que tem que acontecer ao nível do Supremo Tribunal de Justiça. Explicou que nenhuma instituição dispõe de um depósito com capacidade suficiente para salvaguardar aquele montante, razão pela qual defendeu a sua eliminação o mais rapidamente possível. A carga foi apreendida durante uma operação chamada Penumbra, no final de fevereiro.