Em debate, candidatos são sabatinados sobre setor empresarial

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4º bloco do debate foi destinado a perguntas elaboradas pela Aced. Foto: Divulgação
4º bloco do debate foi destinado a perguntas elaboradas pela Aced. Foto: Divulgação

Os candidatos ao governo do Estado que participaram nesta quinta-feira (25) de debate em Dourados foram questionados com relação a políticas em favor do setor empresarial e industrial no município. As perguntas sorteadas aleatoriamente entre os candidatos foram elaboradas pela Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) e abordaram temas relacionados aos setores fiscal, indústria e comércio, infraestrutura e agronegócio.

Com base nas principais expectativas do setor empresarial com relação ao futuro do Mato Grosso do Sul, as questões levantaram a opinião dos candidatos sobre ampliação do teto do Supersimples; incentivos ao setor industrial; investimentos no Distrito Industrial; segurança; concretização de empreendimentos; logística; desapropriação de terras e Fundersul.

O debate foi promovido em parceria entre rádio Grande FM, Aced, e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Realizado no auditório da unidade I da UFGD, o evento teve a participação dos candidatos Reinaldo Azambuja (PSDB), Nelsinho Trad (PMDB), Evander Vendramini (PP), Professor Monje (PSTU) e Sidney Melo (PSOL). A única ausência foi do candidato petista Delcídio do Amaral, que alegou estar em Porto Murtinho prestando apoio à administração municipal após passagem de tornado pelo município. O debate teve duração de pouco mais de três horas e foi transmitido ao vivo pela rádio Grande FM.

Questionado sobre segurança, Reinaldo Azambuja prometeu dobrar o efetivo do DOF e defendeu a unificação de todas as instituições policiais. “Temos presídios abarrotados e um semi-aberto dentro da cidade. É preciso acabar com esta situação e investir na ressocialização dos ex-presidiários”, discursou.

Indagado sobre os investimentos para efetivação do Distrito Industrial, Sidney Melo disse que o governo não pode privilegiar uma região em detrimento de outras. Disse, ainda, que falta investimento em mão-de-obra qualificada em condições de atender à demanda das indústrias do Estado. “Nossa proposta de governo inclui aliar o ensino formal ao ensino técnico”, afirmou. Ele também falou sobre o frigorífico de peixes de Dourados, que estaria com as obras paralisadas desde 2009 e prometeu ações em escala para garantir o desenvolvimento industrial não somente em Dourados, como em todos os municípios do Estado.

Já o candidato Professor Monje foi questionado sobre investimento em empreendimentos como ferrovias, gasoduto e porto seco. Ele disse que o PSTU nunca fez estas promessas e garantiu promover um planejamento estratégico considerando o Estado como um todo. “É preciso investir no trânsito de mercadorias e também de passageiros, para locomoção mais barata. Investimento em logística reflete em alimentação mais barata, produção em grande escala e segurança nas estradas”, afirmou.

Evander Vendramini foi questionado sobre elaboração de políticas de incentivos ao setor empresarial – responsável por 68% da arrecadação de ICMS do Estado e 79% dos empregados gerados em MS. Ele disse que foi comerciante durante 16 anos e garantiu acabar com o ICMS garantido que na opinião dele é um “verdadeiro assalto” ao empresário do Estado. “Não podemos permitir que quem garante a renda do Estado seja justamente o setor mais penalizado pelo governo”, opinou. O candidato também prometeu reduzir o ICMS do combustível, reduzindo assim a diferença com relação ao ICMS de outros Estados.

O último candidato a responder às perguntas da Aced foi Nelsinho Trad, que falou sobre a possibilidade de implantação da Perimetral Sul, desviando o fluxo de veículos da BR-163 do perímetro urbano de Dourados. Ele se comprometeu com esta obra e disse trabalhar com equipes competentes e projetos adequados. “Vou buscar apoio do governo federal e linhas de crédito para dar sequência ao desenvolvimento estrutural em Dourados. Queremos promover uma mudança responsável em todo o Estado”, garantiu.

Ao final deste bloco de perguntas, o presidente da Aced, Antônio Nogueira, entregou a todos os candidatos uma carta aberta apresentando as expectativas dos setores empresarial e industrial com relação ao futuro de MS.

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