A defesa do traficante brasileiro Jarvis Pavão que cumpre pena por tráfico de drogas na sede do Grupo Especial da Polícia Nacional do Paraguai em Assunção, quer a transferência dele para um hospital, alegando que seu cliente corre o risco de morte, já que apresenta baixa oxigenação no cérebro.
Para a advogada Laura Casuso Cardenal, Pavão pode sofrer um Acidente Vascular Cerebral a qualquer momento se não receber tratamento especializado. “Se ele não for levado para um hospital e receber medicamentos específicos poderá morrer aqui na cadeia”, disse ela.
O pedido de internação foi feito depois que uma Junta Médica nomeada pela Justiça Paraguaia, que confirmou a necessidade de tratamento do interno.
A saúde de Pavão começou a se agravar depois da transferência dele do Presídio de Tacumbú para a sede da Polícia Nacional. No presídio o brasileiro vivia em uma cela de luxo com aparelhos de ginastica, ar condicionado, cozinha privativa e visita de amigos e parentes. Depois de descoberto o local foi destruído.
“Ele precisa de cuidados médicos 24 horas por dia e não é porque foi condenado que não deva ser tratado com dignidade”, ponderou a advogada de Pavão.
A Justiça do Paraguai ainda não fez nenhum pronunciamento se autoriza ou não a ida do traficante para algum hospital de Assunção. O temor é que ele seja resgatado, já que existe a possibilidade da extradição dele para o Brasil, onde tem condenação pela Justiça de Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul por tráfico de drogas e formação de quadrilha.