Autoridades do Paraguai começaram um enfrentamento com membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), grupo criminoso que age dentro e fora dos presídios brasileiros e que recentemente com o assassinato do traficante Jorge Rafaat passou a dominar também boa parte do crime organizado naquele país. O objetivo das autoridades é impedir o crescimento e as ações do PCC que incluiria até mesmo o assassinato do presidente Orácio Cartes e de familiares dele.
Neste sábado (8) policiais de Capitan Bado na fronteira com o Mato Grosso do Sul com apoio de agentes do Departamento de Investigações de homicídios e Narcotráfico da Polícia Nacional, atacaram uma base de operações do PCC na Colônia Manta Potrero onde foram encontradas armas, munições, coletes a prova de balas, carros, motos e duas toneladas de maconha.
A droga foi queimada no mesmo local onde também foi incendiado o acampamento dos marginais. Na sexta-feira (7) em um confronto entre policiais e pistoleiros, dias pessoas ficaram feridas e outras conseguiram fugir do cerco policial.
Já na manhã de hoje na Colônia Cerro Kuatia a cerca de 35 quilômetros de Capitan Bado foi encontrada abandonada uma Captiva com placas do Brasil e com furos de bala que teria sido usada em um confronto anterior. Uma Mitsubishi Triton também foi localizada abandonada, mas ninguém foi preso.
De acordo com o Juiz paraguaio Leojino Benitez, vários pistoleiros do PCC estão na região de Capitan Bado e Pedro Juan Caballero para assassinar pessoas ligadas ao narcotráfico que estariam impedindo e atrapalhando os negócios do grupo criminoso no Paraguai. Nos últimos meses mais de 30 pessoas já foram mortas de forma violenta, quase todas ligadas ao tráfico de maconha e cocaína.