O vice-presidente Geraldo Alckmin estava a poucos metros do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, durante a posse do novo presidente do Irã, Masud Pezeshkian, na terça-feira (30), na capital Teerã. Horas depois da cerimônia com autoridades de diversos países, Ismail e um dos seus seguranças foram mortos em casa. O Hamas atribuiu o ataque a Israel, mas o Exército Israelense ainda não comentou.
“O irmão, o líder, o mujahedin Ismail Haniyeh, líder do movimento, morreu em um ataque sionista contra sua residência em Teerã depois de comparecer à cerimônia de posse do novo presidente iraniano”, disse o Hamas, em um comunicado. Alckmin representou o governo brasileiro na posse do presidente iraniano. O vice-presidente estava a três cadeiras de distância do líder do Hamas, mas os dois não chegaram a conversar na cerimônia.
Embora só tenha assumido a liderança do Hamas em 2017, Ismail Haniyeh alcançou relevância internacional em 2006, quando se tornou o primeiro-ministro da Autoridade Palestina. Depois, ele foi eleito chefe do gabinete político do Hamas. Considerado um pragmático dentro do Hamas, Haniyeh vivia em um exílio voluntário entre o Catar e a Turquia. Ele defendia conciliar a luta armada e o combate político, assim como manter boas relações com os líderes dos vários movimentos palestinos.