Ladrão que rendeu família em apartamento morre em confronto com a DERF

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Equipes da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos – DERF ao darem cumprimento à mandado de prisão de indivíduo que rendeu e amarrou uma família em apartamento em Campo Grande, entraram em confronto com o criminoso armado. O caso ocorreu na manhã desta sexta-feira, no bairro Monte Castelo.

M.W.G. (42) era investigado por um crime de roubo agravado pela restrição da liberdade da vítima e pelo emprego de arma de fogo. Na manhã desta sexta-feira (21), ao efetuarem sua abordagem, os policiais civis foram agredidos pelo autor, que apontou uma arma de fogo na tentativa de evitar a ação policial, sendo necessário repelir a injusta agressão. Com isso, o criminoso foi baleado, prontamente socorrido e levado para a Santa Casa, mas não resistiu e morreu.

Na casa dele foram encontrados tabletes de maconha, que pesaram cerca de dois quilos, outra arma de fogo e itens roubados da família que fora mantida em cárcere em dezembro do ano passado em Campo Grande, fortalecendo os elementos da investigação.

O caso

A Polícia Civil, por meio da DERF realizou complexa investigação, após tomar conhecimento que no dia 2 de dezembro do ano passado, um indivíduo, aproveitando-se de uma reforma que ocorria na portaria de um edifício, ingressou no condomínio localizado na Avenida Afonso Pena e rendeu toda uma família, amarrando-os, inclusive uma criança de 11 anos, enquanto exigia dinheiro, joias e armas.

Após torturar psicologicamente a família por algumas horas, com todo tipo de ameaça, o ladrão conseguiu roubar substancial quantia de dinheiro em moedas estrangeiras, joias e quatro armas de fogo. As vítimas relataram que o indivíduo estava armado e agia com extrema frieza.

A DERF passou a investigar o violento crime, obtendo êxito em identificar o veículo utilizado pelo criminoso e demais elementos que permitiram identificar que havia se evadido para o interior de São Paulo, a fim de dificultar a ação policial. Apurou ainda que, na cidade que buscou refúgio, comprou bens com o proveito do crime e pretendia negociar maneiras de trocar as somas em cédulas estrangeiras e vender as armas roubadas.

Assim, foi representado ao Poder Judiciário pela prisão preventiva de M.W.G., bem como por mandado de busca e apreensão na residência que tinha na cidade de Mirandópolis – SP. Após deferimento, equipes policiais diligenciaram naquela cidade, para cumprimento, mas o criminoso não foi localizado, apurando-se que havia saído recentemente da cidade.

As investigações continuaram e restou demonstrado que ele teria regressado para Campo Grande, com intuito de se estabelecer, com provável intenção de praticar novos crimes, vez que não possuía qualquer vínculo à cidade, a não ser o crime praticado anteriormente. Policiais da Especializada passaram a tentar localizá-lo, para sua detenção. Na data de hoje equipes da DERF tiveram êxito em encontrá-lo em um endereço no bairro Monte Castelo, resultando no confronto.

Histórico

Além do crime grave que se apurou na Especializada, M.W.G. também ostentava diversos outros delitos no Estado de São Paulo, onde iniciou sua carreira no crime ainda no ano de 2003, sendo que em conluio com outros três indivíduos renderam uma família inteira – ao menos 8 pessoas, na cidade de Piedade – SP, amarrando-os e exigindo dinheiro e joias.

Na ocasião empregaram extrema violência, desferindo coronhadas em uma jovem e ateando fogo no dono da residência, enquanto assistiam. Consta dos autos que os criminosos despejaram um galão de gasolina na esposa do proprietário e ameaçavam atear fogo nela também, caso não encontrassem o que queriam. Neste caso, após investigação da Polícia Civil de São Paulo, M.W.G. e seus comparsas foram identificados, presos e condenados, sendo que a M.W.G. foi aplicada a pena final de 33 anos, 9 meses e 10 dias.

Ainda existem outros crimes em sua ficha, tais como furtos a residência, roubo a uma joalheria e tráfico de drogas, todos praticados em solo paulista. Sua última anotação penal naquele estado é do dia 21 de novembro do ano passado, cerca de duas semanas antes de vir a Campo Grande, para cometer o roubo investigado.

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