Paraguai e Brasil iniciam terceira operação conjunta do ano contra o narcotráfico

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A cooperação entre a SENAD e a Polícia Federal brasileira se reflete novamente com o início da operação “Nova Aliança 45” no Departamento de Amambay. A ação implica na mobilização de Forças Especiais e Agentes Antidrogas para a área em questão, com apoio de helicópteros da Polícia Federal Brasileira e Força Aérea Paraguaia. Durante aproximadamente 10 dias realizarão incursões em matas onde foram detectados altos níveis de concentração de cultivos de maconha.

Nos dois primeiros dias, na área chamada Cerro Kuatiá, foram desmantelados 18 acampamentos de drogas e erradicados 37 hectares de maconha, o que representa deixar fora de circulação cerca de 113 mil quilos da droga. As tarefas são fiscalizadas pelo Ministério Público. A maconha continua sendo o principal produto de capitalização e fortalecimento das organizações criminosas na região.

Quase toda a produção ilícita realizada em Amambay vai parar no mercado brasileiro, através das redes de distribuição de facções criminosas como o PCC ou Comando Vermelho. Os lucros gerados por esta droga financiam o poder e a violência dos grupos em questão. As operações da “Nova Aliança” surgem a partir de um acordo de cooperação entre a SENAD e a Polícia Federal brasileira, no que diz respeito à responsabilidade compartilhada no combate ao tráfico de drogas na região. A SENAD também está comprometida com a cooperação com organizações de segurança de outros países da região para aumentar o volume e a frequência de ações conjuntas em outras áreas do país.

Três operações no ano

Esta operação é a terceira consecutiva que a SENAD realiza com a Polícia Federal brasileira. Somando os dois anteriores, estima-se que mais de 500 hectares de maconha foram erradicados e pouco mais de 1.600.000 quilogramas de Cannabis foram retirados de circulação no mercado regional, gerando danos econômicos às estruturas criminosas de pelo menos 50 milhões de dólares. Operações semelhantes continuarão a ser realizadas ao longo de 2024.

Restauração de matas afetadas pelo tráfico

Além das incursões para erradicar cultivos ilícitos, a SENAD desenvolverá uma nova fase da Operação “RESTORE” que consiste na semeadura de espécies nativas da área, cedido pelo Instituto Nacional de Florestas (INFONA). A produção de maconha traz consigo grande desmatamento de florestas protegidas, uma vez que grandes quantidades de árvores nativas são depredadas para o estabelecimento de lotes ilícitos. Cada hectare de maconha cultivada equivale a um hectare de floresta desmatada.

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