PM liberta bolivianos de cárcere privado em Campo Grande

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Policiais Militares do Batalhão de Choque atenderam uma ocorrência que indicava cárcere privado no Jardim Tijuca, em Campo Grande. No local, os policiais mantiveram contato com um homem, que se apresentou como representante de imigrantes bolivianos. O homem então relatou que, uma mulher estava mantendo alguns bolivianos em cárcere e exigindo a quantia de R$ 150 para que pudessem retirar suas bagagens e deixar o local. No imóvel, os policiais constataram a presença de 71 bolivianos entre homens, mulheres e crianças.

Ao verificar o interior do imóvel, foi constatado que havia 71 cidadãos bolivianos, entre eles mulheres, idosos e crianças. Questionados sobre o motivo de estarem ali, relataram que haviam saído da Bolívia com destino ao Estado de São Paulo, e que a mulher era responsável pelo transporte deles de Campo Grande para São Paulo.

Contaram ainda, que aguardavam o transporte desde as 23h do dia 28 de janeiro, sem alimentação, água ou condições mínimas de descanso, já que o local não comportava tantas pessoas. A mulher confirmou ser responsável pelo transporte dos bolivianos, mas explicou que a grande quantidade de pessoas presente no local se deu devido à quebra de um ônibus que faria o transporte de parte dos imigrantes.

Segundo ela, os imigrantes precisaram aguardar no local, o qual ela havia alugado às 17h do dia 28. Mesmo com a presença de todos, ela negou que o local fosse destinado a esse fim, alegando que seria apenas para ela e os motoristas do ônibus, e afirmou que não forneceu alimentos, pois isso seria responsabilidade dos próprios bolivianos.

Diante da situação, a equipe entrou em contato com a Polícia Federal e foi orientada a levar os bolivianos até a Superintendência da Polícia Federal no Aeroporto de Campo Grande. A mulher de 35 anos e o boliviano que se identificou como representante dos imigrantes foram encaminhados à PF para as providências. Foi apurado que a mulher apontada como a responsável pelo crime, já tinha inúmeras passagens pela polícia por corrupção de menores, tráfico de drogas, vias de fato, injuria, lesão corporal, entre outras. Até a publicação desta reportagem era desconhecida a situação dos bolivianos.

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