A Polícia Civil de Rio Brilhante com apoio de policiais da Delegacia de Nova Alvorada do Sul e SIG de Dourados está concluindo operação iniciada ao amanhecer desta quarta-feira (5), em Rio Brilhante. Os mandados de busca e apreensão atingem cinco advogados da cidade, entre os quais o ex-prefeito do município, Sidney Foroni.
O grupo de advogados, de acordo com a Polícia Civil, é investigado por coagir vítima de violência doméstica. De acordo com as investigações, a vítima que teria sido mantida em cárcere privado, bem como sofrido lesões corporais e estupro, crimes cometidos por seu ex-namorado, atualmente foragido. Ela novamente foi ameaçada e coagida a alterar a versão que apresentou, no momento em que denunciou os crimes.
Por medo, ainda segundo a polícia, a vítima teria, inclusive, assinado sem ler, uma procuração a um advogado e uma petição dizendo que teria sido pressionada pelos policiais e seus familiares a mentir. A equipe de investigação, percebendo tal situação, ofereceu suporte a vítima e seus familiares para que se sentisse novamente acolhida e comunicasse as novas ameaças sofridas.
Com os elementos colhidos nas investigações, foram representadas pelas medidas de busca e apreensão em desfavor dos advogados, com objetivo de angariar mais elementos que demonstrassem a coação no curso das investigações e o conluio entre os advogados.
Além disso, como forma de proteger a vítima e demais testemunhas, também foi representada pela imposição de medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais, proibição de contato e aproximação, bem como a suspensão dos advogados, para que sejam impedidos de atuar no caso. No total, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais dos advogados. A operação contou com a participação de membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tal como estabelece lei própria.
Ao detalhar a operação, a Polícia Civil destacou ter a missão de sempre atuar de forma acolhedora com relação às vítimas de violência doméstica, tão importante para encorajar a mulher a romper o ciclo de violência. De outro lado, contra os agressores e a quem, de forma ilegal, tenta embaraçar as investigações, atua-se de forma firme, garantindo que a lei seja aplicada de forma que haja punição adequada e para que a vítima e testemunhas encontrem-se protegidas de novas ameaças ou agressões.
