Cinco pessoas que foram presas em abril de 2019 por policiais civis do 1º DP (Delegacia de Polícia Civil) de Naviraí com apoio de um policial do serviço reservado da Polícia Militar, acusadas de participar do chamado “Tribunal do Crime”, foram condenados a penas que somadas ultrapassam a 80 anos de cadeia.
Eles foram flagrados com mais quatro pessoas em uma residencia na rua Maria Colpani Volpato no Conjunto Residencial Odércio Nunes de Matos, onde estava ocorrendo um julgamento de um homem acusado de estupro. Eles tinha sido feito refém por membros de uma facção criminosa e dependendo do “veredito”, poderia até ser executado.
Na casa foram encontradas nove pessoas sendo três adolescentes de 15, 16 e 17 anos, uma mulher de 24 anos e cinco homens entre 18 e 31 anos. Eles mantinham em cativeiro um homem que na época tinha 31 anos e era acusado de ter estuprado uma vítima e o suposto crime teria revoltado os membros da facção. Durante a investigação da Polícia Civil, as autoridades chegaram a conclusão de que o homem era inocente.
Após encerradas as investigações o Ministério Público Estadual denunciou os membros da facção criminosa pelos crimes de organização criminosa majorada pela participação de adolescentes, tortura majorada pelo sequestro e corrupção de menores.
Durante o processo a defesa de um dos autores alegou insanidade, fazendo com que o processo fosse desmembrado. Já os adolescentes conforme prevê a legislação respondem por ato infracional em processo separado dos demais.
Em sentença proferida pela 2º Vara Criminal de Naviraí, os 4 homens e a mulher foram condenados a penas que ultrapassam os 80 anos de prisão.
