Duas pessoas foram presas na manhã de quarta-feira (11) em São Paulo e outras duas estão foragidas acusadas de integrarem uma quadrilha de falsos policiais. Apontada como principal integrante do bando, uma mulher de origem libanesa, morou em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, onde aplicou um rosário de golpes.
A quadrilha era investigada desde o ano passado, sendo que em outubro de 2022, uma das integrantes do bando, identificada como Batoul Ali Awala, de origem libanesa, marcou a compra de uma carga contrabandeada de 2.000 unidades de cigarros eletrônicos na Mooca, região central de São Paulo.
Passando-se por compradora, a mulher utilizava o nome de Andrea, e compraria a carga de Janalyson José dos Santos e Ranielo Santos de Araújo. Mas, no local do encontro, outros dois integrantes da quadrilha, Ricardo Goulart Salman e Leonardo Arini Mozetic, chegaram em um veículo que disseram ser uma viatura descaracterizada, alegando que eram “delegados do Conselho Federal Parlamentar”.
Argumentando que a carga era proibida, os criminosos exigiram um pagamento para que não conduzissem os homens para a delegacia. As vítimas realizaram uma transferência bancária no valor de R$ 5.750 para Luana Silva Alves, quarta integrante da quadrilha. Além do dinheiro, os falsos policiais ficaram com a carga de cigarros.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações mostraram uma associação criminosa entre Ricardo, Leonardo, Luana e Batoul, sendo ela, responsável por atrair as vítimas para os locais das falsas compras de carga. Os dois homens da quadrilha eram os responsáveis por se passar por falsos agentes, enquanto Luana era o destino dos valores extorquidos.
A pedido da polícia foram expedidos quatro mandados de prisão temporária dos investigados, além de mandados de busca e apreensão. Batoul Awala foi presa na região da Mooca, enquanto Leonardo Mozitec foi apanhado no Sacomã, zona sul de São Paulo.
Outros dois mandados de prisão de Luana Alves e Ricardo Salman, foram cumpridos no bairro Cangaíba, na zona leste, e no Jardim Peri, na zona norte de São Paulo. Na residência de Leonardo Mozitec foi encontrada a viatura falsa, computadores, celulares, distintivos, algemas, drogas e uma grande quantidade de dinheiro falso. Com Batou Awala, foram apreendidos celulares e mais dinheiro falso. O grupo segue preso à disposição da Justiça.