Cassems faz alerta de conscientização sobre a gravidez na adolescência

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Os primeiros oito dias de fevereiro marcam a Semana da Conscientização pela Gravidez na Adolescência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta fase é uma condição que pode elevar as chances de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além de agravar questões socioeconômicas daquele grupo familiar. No Brasil, de acordo com o Governo Federal, a taxa é de 400 mil casos ao ano, em 2019.


Diversos fatores podem contribuir para a gestação na adolescência,como questões psicossociais. Ainda assim, a falta de informação sobre sexualidade e direitos sexuais e reprodutivos é o principal, pois  priva crianças e adolescentes de ter conhecimento sobre o seu próprio corpo. Inclusive, a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, junto com o uso inadequado de contraceptivos também prejudica indivíduos dessa faixa etária.


Maria Auxiliadora Budib, ginecologista, obstetra e diretora de Assistência à Saúde da Cassems, explica as consequências da gestação na adolescência. “A gravidez nesse grupo pode estar mais associada a problemas de saúde, emocionais e sociais para as meninas, cuja maturidade para a maternidade ainda não está formada, acarretando problemas psíquicos para toda a vida, pois se encontra intimamente relacionada à violência sexual”.
Para a médica, é preciso investir em informação para a juventude. “É necessário pensar e materializar ações sistematizadas, educativas e conscientizadoras, para que elas possam fazer suas escolhas de forma sensata, como protagonistas da própria vida”.
Maria Auxiliadora salienta que ações associadas à educação integral em sexualidade podem munir crianças e adolescentes de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que irão capacitá-las a cuidar de sua saúde, bem-estar e dignidade. 


“Essas iniciativas oferecem benefícios, como ajudar crianças a identificarem e denunciarem comportamentos inadequados, como o abuso infantil, apoiar o desenvolvimento de atitudes saudáveis, como retardar a primeira relação sexual e, mesmo, aumentar a adesão aos métodos contraceptivos e de prevenção de infecções de transmissão sexual nas adolescentes sexualmente ativas”.


De acordo com a médica, é necessário estabelecer estratégias para a educação dos jovens e prevenção da gravidez na adolescência. “É fundamental estabelecer parcerias do Programa de Saúde da Família (PSF) com as escolas, família e a comunidade, trabalhar no empoderamento das meninas para tomarem decisões de vida e defenderem seus direitos, programas de contracepção nas consultas pré-natais, pós-parto ou de visita domiciliar, também”.


Programa de prevenção Pode Crê

A Cassems possui a linha de cuidados “Pode Crê”, direcionada para a saúde do adolescente. O acompanhamento dos beneficiários desta faixa etária é feito na Clínica da Família, com atenção multidisciplinar para seu bem-estar. O programa conta com atendimento nas especialidades de Ginecologia, Urologia, Pediatria e Clínica Médica. Ainda, há acolhimento em Nutrição e Psicologia.


A proposta em oferecer atendimento específico para os beneficiários adolescentes vem sendo desenvolvida desde 2019 pela Cassems, com as rodas de conversa “Papo Reto”, de assuntos temáticos para este público, em que  os jovens podem conversar sobre temas do seu interesse e tirar dúvidas diretamente com profissionais da saúde. 

 
Para ter acesso à linha de cuidado “Pode Crê”, o beneficiário pode entrar em contato com a Clínica da Família Cassems por meio do número (67) 3322-3400 ou pelo contato responsável pelos programas de prevenção (67) 9 9974-0599. A unidade fica na Rua 25 de Dezembro, 1231, no Centro.

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